Equipe técnica do Geoparque visita Timbé do Sul e Morro Grande

Membros da equipe técnica do Geoparque Mundial da UNESCO Caminhos dos Cânions do Sul e das secretarias de Turismo, Obras e Defesa Civil dos municípios de Timbé do Sul e Morro Grande realizaram atividades de conscientização em alusão ao Dia Internacional para Redução de Desastres.

Na região do Geoparque, principalmente nas áreas próximas aos costões nos fundos dos vales, eventos extremos como inundações, enxurradas e deslizamentos de terra são comuns. Um destes episódios, com gravidade, ocorreu no mês de dezembro de 1995 nos vales dos Rios Pinheirinho e Figueira. Chuvas de grande intensidade desencadearam deslizamentos de solo e vegetação generalizados nas encostas da serra, resultando em muita destruição e mais de uma dezena de vítimas fatais. “Foram visitados locais importantes relacionados à tragédia ocorrida no ano de 1995, em Timbé do Sul, como o monumento em homenagem às vítimas, na comunidade de Figueira Bordignon e o Poço do Violão, onde teria ocorrido o principal represamento de água e madeirame, que posteriormente desencadeou o fluxo de detritos (popular rolo d’água)”, explicou o geólogo do Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, Gustavo Simão.

O que transforma um fenômeno como esse em desastre natural é a exposição das pessoas ao risco. Deslizamentos de terra e as enxurradas sempre ocorrem na região e as fatalidades acontecem quando as pessoas ocupam locais onde a água e a lama podem atingir. Construções em terrenos de grande declividade ou próximos aos cursos d’água podem estar em áreas de risco.

O grupo percorreu a comunidade afetada, conversando com moradores e empreendedores locais sobre importância de se conhecer o risco ao qual sua residência ou empreendimento pode estar exposto. “Estas ações de prevenção são muito importantes principalmente para comunidade local, que no passado sofreu uma grande tragédia que marcou a cidade de Timbé do Sul. Ao visitar o local, alertamos os moradores e investidores sobre os riscos eminentes que a comunidade apresenta, além de toda a encosta da Serra Geral. Nunca sabemos onde e quando estes eventos podem ocorrer. Por isso vale o alerta”, frisou o agente de Turismo da Prefeitura Municipal de Timbé do Sul, Marcelo Biava da Silva.

A tragédia de 1995 não pode ser esquecida pelas comunidades. Somente o conhecimento do que já aconteceu pode evitar que novas tragédias ocorram.