De protestos a Golpe de Estado: Situação política do Haiti é a mais delicada dos últimos anos

O presidente do Haiti Jovenel Moise foi alvo de um atentado no ultimo domingo (07). O ataque visava um golpe de estado no país que pressiona a saída do líder do executivo.

De acordo com o ministro da justiça haitiano, Rockefeller Vincent, os policiais do palácio presidencial entraram em confronto com os conspiradores que planejavam capturar Jovenel e instalar um governo de transição. A policia haitiana apreendeu documentos, dinheiro e várias armas, entre elas rifles, submetralhadoras, pistolas e facões. 23 pessoas foram preses, incluindo um juiz e uma oficial da polícia.

Logo após serem acusados por Jovenel Moise, a oposição negou ser a autora dos ataques. Em entrevista para a TV local, o advogado André Michel afirmou que, “Não se faz um golpe de Estado com duas pistolas, três ou quatro fuzis… Se não é mais presidente, não pode falar de golpe de Estado”.

O atendado aconteceu pouco depois que várias instituições, inclusive o Judiciário, terem anunciado que dia 07 de Fevereiro seria o ultimo dia de mandato de Moise.

O Haiti é o país mais pobre do Ocidente, tendo uma história marcado por conflitos políticos, sociais e econômicos. Somente nos últimos 35 anos,  cerca de 20 governos já passaram pelo Executivo, ou seja, quase um governo a cada 2 anos.

O Judiciário haitiano ordenou a saída de Moise com o argumento que ele já tenha cumprido seus 5 anos de mandato. Já Jovenel disse que ficará no cargo até 2022, com o argumento de atraso nas ultimas eleições que foram marcadas por manipulações e fraudes eleitorais. Jovenal Moise assumiu o pais em 2017 após uma segunda eleição em 2016.

Fonte: Getty Images/via BBC