Há 75 anos atrás, no dia 06 de agosto de 1945, os EUA lançaram o primeiro ataque nuclear na cidade de Hiroshima, no Japão. A bomba apelidada de “Little Boy”(em tradução, “Garotinho”), deixou aproximadamente 140 mil mortos na cidade localizada cerca de 700 km da capital japonesa, Tokyo.
O evento de homenagem aconteceu de maneira reduzida graças a pandemia do Covid-19, alguns sobreviventes, representantes estrangeiros e também o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe acompanharam a cerimonia na cidade de Hiroshima. Foram tomadas todas as medidas protetivas durante o evento.
Uma oração silenciosa aconteceu as 8h15 da quarta-feira, horário da queda da bomba na cidade. Durante o evento, o prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, teceu algumas palavras, entre elas, a frase: “Nunca devemos permitir que se repita este passado doloroso” e também pediu para a sociedade ter mais solidariedade e evitar o “ensimesmamento do nacionalismo”.
Muitos historiadores e líderes globais consideram o ataque á Hiroshima um “Crime de guerra”, devido ao alto índice de civis mortos durante a operação. Apesar dos EUA nunca terem enviado pedidos de desculpas, o presidente Barack Obama visitou a cidade em 2016, onde prestou homenagens as vitimas e ao povo japonês.
O Japão ainda possui memórias dos acontecimentos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, entre esses registros, os Hibakusha são os mais importantes. São eles sobreviventes da explosão que sofrem até os dias de hoje com os efeitos da radiação. Keiko Ogura, um dos sobrevivetes disse a seguinte frase durante o evento:”Seja o coronavírus ou as armas nucleares, a maneira de superar é a solidariedade entre os povos”, fazendo uma comparação entra a crise do Covid-19 e o Anti-armamento nuclear.
